Coburg discute: Inquérito da AfD sobre a lei de autodeterminação causa agitação
Michael Gebhardt, da AfD, pergunta ao conselho municipal de Coburg sobre a lei de autodeterminação e seus efeitos na administração.

Coburg discute: Inquérito da AfD sobre a lei de autodeterminação causa agitação
Na semana passada, um pedido do vereador da AfD, Michael Gebhardt, causou agitação em Coburg. Ele perguntou sobre a Lei de Autodeterminação, que entrou recentemente em vigor. Até o final de abril de 2025, o cartório de Coburgo já havia recebido 42 registros efetivos e 35 declarações, como np-coburg.de relatado. Gebhardt já havia enviado um pedido oficial à prefeitura em maio, no qual destacava especificamente o comprometimento de tempo que a nova lei implicaria para os funcionários.
A Lei de Registro de Gênero, também conhecida como SBGG, entrou em vigor em 1º de novembro de 2024. Ela torna mais fácil para pessoas trans, intersexuais e não binárias mudarem de gênero e nomes. Estas alterações passaram a ser possíveis através de uma simples declaração ao cartório, sem necessidade de decisão judicial ou laudo pericial. Estas inovações, que já são uma realidade em mais de 16 países, representam um passo importante rumo à autodeterminação de género, assim como bmfsfj.de explica.
Efeitos sociais e debate técnico
O impacto social da lei está sendo ativamente discutido. Enquanto alguns elogiam o projecto como um “projecto constitucional fundamental”, outros apelam à prudência. Nele Allenberg, do Instituto Alemão de Direitos Humanos, defende uma revisão dos limites de idade e dos requisitos de consentimento dos detidos. Coisas que são particularmente importantes no que diz respeito aos menores de 14 anos, onde apenas o representante legal pode fazer uma declaração, conforme indicado no Bundestag.
Os críticos da lei expressam preocupações de que o encaminhamento de dados para diferentes autoridades não só levanta problemas de protecção de dados, mas também acarreta o risco de utilização indevida. Além disso, os defensores da lei apelam à remoção de certos regulamentos que poderiam promover a discriminação contra pessoas trans e intersexuais. Richard Köhler, da Transgender Europe, sublinha que este projecto representa um passo significativo em direcção a uma maior maturidade e autodeterminação.
Perspectivas futuras e avaliação
A legislatura planeja avaliar os regulamentos após cinco anos. Esta avaliação terá de trazer à luz algumas questões importantes, especialmente no que diz respeito à viabilidade e ao impacto da lei sobre os requerentes menores. Espera-se um número estimado de 4.000 pedidos de registo de género por ano, com números de registo inicial variando entre 6.000 e 15.000.
A introdução da Lei de Autodeterminação já deu início a muitos processos. Embora alguns insistam no progresso, permanecem inúmeras questões e desafios que tanto os políticos como a sociedade têm de responder.