Luta pelas lições islâmicas: o processo Ditib em Hesse falhou!

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O Tribunal Administrativo de Wiesbaden rejeita o processo da associação islâmica Ditib contra a instrução islâmica estatal em Hesse.

Das Verwaltungsgericht Wiesbaden weist Die Klage des Islamverbands Ditib gegen staatlichen Islamunterricht in Hessen ab.
O Tribunal Administrativo de Wiesbaden rejeita o processo da associação islâmica Ditib contra a instrução islâmica estatal em Hesse.

Luta pelas lições islâmicas: o processo Ditib em Hesse falhou!

A disputa sobre as aulas islâmicas em Hesse está acontecendo novamente: o tribunal administrativo de Wiesbaden rejeitou a ação movida pela associação islâmica turca Ditib contra as aulas islâmicas organizadas pelo Estado. Isto significa que o caminho ainda está aberto para o ensino, que tem sido ministrado há cinco anos sem o envolvimento de uma comunidade religiosa islâmica. Como relata a ZDF Today, o tribunal deixou claro que esta forma de ensino era compatível com o requisito de neutralidade do Estado e não era considerada instrução religiosa orientada para a confissão.

A associação Ditib, que reúne mais de 800 associações de mesquitas na Alemanha e é co-financiada pelo Ministério da Religião turco, argumentou que a forma organizada pelo Estado representava uma competição com o seu próprio ensino orientado para a fé. Mas o tribunal não viu sinais de que o ensino estatal pudesse ter um impacto negativo nas aulas do Ditib. Os administradores escolares e professores relataram que não houve nenhuma realocação sistemática de recursos que prejudicasse o ensino do Ditib.

Um conflito prolongado

O conflito sobre o ensino islâmico em Hesse não é novo, uma vez que o Estado já tinha encerrado a sua cooperação com Ditib em 2012. Esta cooperação só foi retomada em 2022, após vários relatórios e disputas legais. O conselho do Ditib, que também atua como conselheiro da embaixada para assuntos religiosos e sociais na embaixada turca, já entrou com uma ação contra a educação estatal, mas não teve sucesso.

O tribunal administrativo deixou claro que as aulas islâmicas estatais, ministradas desde o ano letivo 2019/2020, são claramente classificadas como não religiosas e não violam os direitos fundamentais das comunidades religiosas. Isto significa que as aulas permanecem acessíveis aos alunos que não participam nas aulas de educação religiosa ou ética de outras comunidades.

Chamando no espaço

Embora a decisão do tribunal administrativo já tenha sido proferida, ainda não é juridicamente vinculativa. Ditib já interpôs recurso, pelo que o conflito poderá potencialmente tomar um novo rumo. O debate sobre a educação religiosa e a neutralidade estatal permanece, portanto, em foco e também pode ter um impacto em discussões semelhantes em outros estados federais, como relata Tagesschau.

Para os afetados – alunos, pais e professores – resta saber como se desenvolverão as disputas legais. Em qualquer caso, torna-se claro que se trata de mais do que apenas planos de aula: trata-se de compreender a religião e a neutralidade do Estado numa imagem mutável da sociedade.