Escândalo de racismo abala o FC Energie Cottbus – Butler desfaz as malas!
Racismo no futebol: o profissional de Cottbus, Justin Butler, reage a um incidente durante o jogo contra o 1860 Munique. Choque e impacto na DFB.

Escândalo de racismo abala o FC Energie Cottbus – Butler desfaz as malas!
Em 2 de novembro de 2025, a discussão sobre o racismo no futebol na Alemanha reacendeu-se quando Justin Butler, profissional da terceira divisão do FC Energie Cottbus, tomou posição pública após um incidente no jogo fora de casa contra o TSV 1860 Munique. Butler descreveu suas experiências como um “momento realmente chocante” e se expressou chateado, triste e pensativo sobre o que havia acontecido com ele. Ele descreveu esta experiência como indesejável, o que colocou em alerta não só ele, mas também os responsáveis da Federação Alemã de Futebol (DFB). De acordo com zvw.de, este incidente tem um impacto significativo nos esforços atuais da DFB para se posicionar contra o racismo no futebol alemão.
O problema do racismo no futebol não é novo. Com o UEFA Euro 2024, que terá lugar na Alemanha, a DFB já lançou uma campanha anti-racismo intitulada “A hora do futebol é a melhor altura contra o racismo”. Esta campanha visa criar uma maior consciência no mundo do futebol nacional e entre os clubes amadores, que são muitas vezes o primeiro porto de escala para jovens migrantes e refugiados. bpb.de relata que é urgentemente necessária uma mudança de consciência, uma vez que muitos incidentes racistas continuam a ser ignorados e as implicações estruturais do futebol não são abordadas de forma adequada.
Racismo no futebol: um problema complexo
A DFB relatou um declínio nos incidentes racistas nos últimos anos, enquanto órgãos independentes relataram um aumento. Isto põe em causa a credibilidade das associações. Inúmeros jogadores de alto nível, como Jude Bellingham e Vinícius Júnior, destacaram publicamente a falta de compromisso contra o racismo, destacando a crescente frustração dentro da comunidade de jogos. Outro aspecto é o “daltonismo” no cenário do futebol, que muitas vezes faz com que o racismo estrutural seja esquecido, enquanto as estatísticas sobre a composição étnica de jogadores e dirigentes reforçam isso.
De acordo com um estudo, muitas vezes há suspeita de racismo na forma de cantos ofensivos na Premier League, e os estereótipos racistas também não são incomuns na Bundesliga. Na temporada 2020/21, por exemplo, 20,6% dos jogadores eram negros, mas nenhum jogador negro manteve o gol. bpb.de também destaca que 87% dos cargos de liderança nas associações europeias de futebol em 2022 foram ocupados por homens brancos. Estes números sublinham a urgência de promover a diversidade e a inclusão no futebol e de combater resolutamente o racismo.
Medidas contra o racismo
Já existem várias iniciativas em curso para resolver o problema do racismo no futebol. As associações espanholas, como LaLiga e RFEF, lançaram a campanha #1voiceVSRACISM. Outras possíveis medidas consideradas eficazes incluem sanções rigorosas contra os autores de actos racistas, incluindo proibições de estádios, bem como a promoção consistente de programas anti-racismo e educação dentro dos clubes. Jogadores como Lauren James e Nicholas Jackson também falaram sobre suas experiências com o racismo, tornando tal ação ainda mais necessária.
É evidente que o futebol pode e deve ser um instrumento poderoso de integração social. Mas o caminho para um tratamento justo e respeitoso no desporto ainda é longo. As vozes de jogadores como Justin Butler estão a ajudar a aumentar a sensibilização para a questão e a deixar claro que já é tempo de tomar uma posição decisiva contra o racismo.