Disputa sobre Kirchweg: Comunidade exige direito público, proprietários se defendem!
Disputa sobre estradas privadas em Schwenningen: comunidade versus residentes sobre uso público e ações judiciais. Tribunal decide.

Disputa sobre Kirchweg: Comunidade exige direito público, proprietários se defendem!
Em Schwenningen, uma disputa sobre o caminho para a igreja está causando polêmica. O município decidiu declarar público este caminho privado, o que foi recebido com veemente rejeição pelos proprietários, Jürgen Klemm e Claudia Hogenhuis. [Schwäbische] informa que o Kirchweg está listado como uma rota privada no geoportal de Baden-Württemberg e está marcado por uma placa de proibição de entrada para não residentes.
Klemm e Hogenhuis, que compraram uma casa na Hauptstrasse 43 há seis anos, vivem sem problemas há cinco anos. Mas quando começou um projeto de construção em uma propriedade vizinha, eles ficaram preocupados com possíveis danos causados pelo equipamento de construção. Seu advogado explicou-lhe que os proprietários da área afetada eram os responsáveis. Eles então proibiram o desenvolvedor de usar sua propriedade. Mas a comunidade percebeu a oportunidade e declarou que o caminho era público, baseado num conceito jurídico do direito romano.
Disputa legal baseada no direito romano
O princípio da “limitação imemorial” citado pelo município refere-se ao pressuposto de que um direito se aplica quando foi exercido continuamente durante um período de tempo muito longo. Este é um anticário do direito romano, que historicamente desempenhou um papel central nos sistemas jurídicos europeus. [A Wikipédia] destaca que muitos sistemas jurídicos modernos baseiam-se nos princípios do direito romano, o que neste caso é bizarro: a comunidade está a utilizar uma base jurídica consagrada pelo tempo, como o Corpus iuris civilis ou a Lei das Doze Tábuas fizeram na altura, para obter uma vantagem.
Klemm e Hogenhuis consideram o argumento da comunidade um abuso e temem a expropriação sem compensação adequada. Citam diversas provas, incluindo uma faixa de domínio registrada da década de 1970 e uma oferta de compra do município de 1998, que comprovam que o caminho da igreja é privado. Em sua angústia, eles entraram com uma ação judicial contra a comunidade.
Uma data de julgamento leva a um resultado inesperado
A primeira audiência não resultou em acordo e, na segunda audiência, testemunhas com 89 e 92 anos falaram e puderam prestar declarações sobre a utilização do caminho da igreja antes de 1964. Numa decisão surpreendente, o tribunal determinou que o caminho da igreja era um caminho privado e não público. Mas a luta ainda não acabou. O veredicto ainda não é definitivo; há um chamado na sala.
O prefeito Ewald Hoffmann expressou cautela e afirmou que o município aguardaria o veredicto antes de tomar novas medidas. Acontece que a história do Kirchweg provavelmente terá mais algumas reviravoltas. Enquanto isso, resta saber como se desenvolverá a disputa entre a comunidade e os proprietários.