O conflito fronteiriço aumenta: a Tailândia ataca o Camboja novamente!
O artigo destaca o atual conflito entre a Tailândia e o Camboja por causa de um templo protegido pela UNESCO.

O conflito fronteiriço aumenta: a Tailândia ataca o Camboja novamente!
Nas últimas semanas, a situação na zona fronteiriça entre a Tailândia e o Camboja deteriorou-se dramaticamente. A Tailândia planeia dizimar os militares do Camboja a longo prazo para garantir a segurança das gerações futuras. O Chefe de Gabinete Chaiyaphreuk Duangpraphat anunciou esta intenção no Bangkok Post. Vários incidentes tensos colocaram uma pressão renovada nas relações entre os dois países vizinhos, provocando respostas militares contundentes.
O governo cambojano anunciou que se defenderá vigorosamente contra os ataques tailandeses. É relatado que já houve surtos de violência. Dois civis foram mortos num ataque ao distrito de Thmar Puok, na província de Banteay Meanchey. Ao mesmo tempo, a Tailândia relatou pesados ataques cambojanos no seu território, utilizando morteiros e artilharia. Estas acusações mútuas de violações do cessar-fogo apenas complicam a situação e os residentes foram convidados a fugir.
Contexto histórico e marcas em disputa
O conflito tem raízes mais profundas que remontam aos tempos coloniais, quando a França determinava as fronteiras. Um ponto central de discórdia é o centenário templo Prasat Preah Vihear, que é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2008 e é reivindicado por ambos os países. Esta história controversa levou a que ambos os lados entrassem em confrontos militares repetidos no passado.
Os relatórios actuais mostram que as tensões aumentaram novamente na zona fronteiriça. A Tailândia acusou o Camboja de abrir fogo contra as tropas tailandesas em Ubon Ratchathani na segunda-feira. Este incidente causou uma vítima tailandesa e feriu outros oito soldados. A Força Aérea Tailandesa respondeu então com ataques direcionados a alvos militares em diversas regiões, resultando na evacuação de cerca de 380 mil pessoas da área fronteiriça. O primeiro-ministro da Tailândia, Anutin Charnvirakul, descreveu o acordo de paz com o Camboja como nulo e sem efeito e anunciou novas ações militares.
Respostas e segurança nacional
Esta situação delicada tem implicações para toda a região. Pelo menos quatro civis teriam sido mortos e outros 10 feridos por ataques aéreos tailandeses no Camboja. O Ministério da Defesa do Camboja também acusa os militares tailandeses de dispararem contra templos a partir de tanques enquanto as tropas cambojanas não lançaram um contra-ataque. Esta escalada realça o perigo dos conflitos em curso, que têm consequências não só militares, mas também humanitárias.
De acordo com observadores internacionais, o conflito, que culminou em confrontos militares abertos várias vezes ao longo dos anos, tem as suas origens em demarcações fronteiriças pouco claras da era colonial e na disputa acirrada sobre o património cultural. O Tribunal Internacional de Justiça confirmou o direito do Camboja ao templo em 2011, mas as tensões persistentes sugerem que a resolução do conflito ainda está muito distante.