A UE exclui prestadores chineses de contratos médicos – um sinal de alerta!
A UE exclui as empresas chinesas dos contratos públicos de dispositivos médicos para garantir um comércio justo.

A UE exclui prestadores chineses de contratos médicos – um sinal de alerta!
Os últimos desenvolvimentos na União Europeia causaram grande agitação. A partir de agora, as empresas chinesas serão excluídas de determinados contratos públicos. Isto aplica-se em particular à aquisição de dispositivos médicos num valor superior a cinco milhões de euros. Isto inclui produtos vitais, como máscaras, bandagens, bem como máquinas e robôs que são urgentemente necessários em muitos hospitais. A decisão baseia-se num instrumento de sanções em vigor desde 2022 e que visa punir os Estados que tratem injustamente as empresas europeias em concursos públicos. Funk alemã relata que esta medida é principalmente uma resposta à pressão que a China está exercendo sobre os fabricantes europeus de dispositivos médicos.
O que exatamente aconteceu? Um relatório recente conclui que a China está a restringir injustamente o acesso dos fabricantes da UE aos contratos governamentais. Estas investigações fazem parte do Instrumento Internacional de Contratos Públicos (IPI) da UE, lançado em 2022 para promover a concorrência. O Comissário do Comércio da UE, Maroš Šefčovič, sublinha a importância de relações comerciais abertas e justas com a China, mas ao mesmo tempo permanece cético quanto à possibilidade de os hospitais chineses serem forçados a adquirir pelo menos 70% do seu equipamento médico no seu próprio país. Embora a China negue vigorosamente estas alegações, os decisores europeus estão a tirar conclusões claras: os próximos passos possíveis poderão ser novas restrições ou mesmo a exclusão dos fornecedores chineses das encomendas da UE. A Comissão da UE estabeleceu como objectivo criar condições de concorrência equitativas e acabar com as medidas discriminatórias.
Relações comerciais sob pressão
Nos últimos anos, as relações comerciais entre a UE e a China mudaram significativamente. As exportações chinesas de dispositivos médicos para a UE aumentaram uns impressionantes 100 por cento entre 2015 e 2023. Isto mostra que o mercado de contratos públicos da UE é um dos maiores e mais acessíveis do mundo. Mas o acesso está a tornar-se cada vez mais difícil para as empresas europeias, o que é alarmante não só para os fabricantes individuais, mas também para a economia europeia. Um infográfico do Parlamento Europeu salienta que a UE registou um défice comercial de 432 mil milhões de euros em 2022, principalmente devido ao aumento dos preços da energia.
Quem são os principais atores do comércio internacional? Os principais parceiros de exportação da UE são os Estados Unidos, seguidos do Reino Unido e da China, que ocupa o terceiro lugar. Isto realça a importância das relações comerciais e o quanto a UE depende da manutenção de padrões elevados para garantir a sua competitividade nos negócios internacionais.
Por último, resta esperar que seja possível alcançar um diálogo construtivo com a China, a fim de reduzir as barreiras comerciais existentes. Porque uma coisa é certa: um jogo justo é benéfico para ambas as partes e pode abrir caminho para uma cooperação bem-sucedida e de longo prazo.