Motorista de ônibus abandona vítima de roubo – julgamento no tribunal distrital de Dachau!

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Um motorista de ônibus em Dachau foi condenado por não prestar assistência após ignorar uma vítima de assalto.

Ein Busfahrer in Dachau wurde wegen unterlassener Hilfeleistung verurteilt, nachdem er ein Raubopfer ignorierte.
Um motorista de ônibus em Dachau foi condenado por não prestar assistência após ignorar uma vítima de assalto.

Motorista de ônibus abandona vítima de roubo – julgamento no tribunal distrital de Dachau!

Um incidente marcante atraiu muita atenção em Dachau: um motorista de autocarro de 53 anos, Xherdan Paqarada (nome alterado), teve de responder no tribunal distrital de Dachau por não ter prestado assistência. O incidente, ocorrido às 4h45 do dia 11 de maio de 2024 na estação ferroviária de Dachau, levantou questões não apenas legais, mas também éticas.

Enquanto Paqarada dirigia um ônibus articulado na rota 710, ocorreu um assalto. Um passageiro abusou de um jovem de 22 anos e roubou seu celular. Numa situação crítica, em que o jovem de 22 anos bateu desesperadamente à porta pedindo ajuda e empurrou Paqarada para o lado para o proteger, Paqarada não fez nada e simplesmente foi-se embora. Em vez de intervir para defender a vítima, Paqarada se concentrou em tirar a bicicleta do agressor da porta do ônibus e voltar a dirigir.

Quadro jurídico

Mas o que diz exactamente a situação jurídica sobre a falta de assistência? De acordo com o artigo 323c do Código Penal, todas as pessoas são obrigadas a prestar assistência em caso de acidente, desde que tal seja possível, sem pôr em perigo a si ou a terceiros. A falta de assistência numa situação de emergência pode resultar em graves consequências jurídicas, incluindo até um ano de prisão ou multa. No entanto, aqueles que prestam assistência recebem protecção jurídica se a sua intervenção for perigosa ou impossível.

No caso de Paqarada, a polícia de Fürstenfeldbruck investigou inicialmente o passageiro que viu por roubo, que já foi condenado. O motorista do ônibus acusado foi interrogado como testemunha, mas as extensas gravações de vídeo acabaram levando-o a ser considerado réu. Foi aplicada uma multa de 2.800 euros por falta de assistência, da qual recorreu.

Insights sobre o processo

Durante o julgamento, o juiz Stefan Lorenz afirmou que o interrogatório de Paqarada não ocorreu corretamente. O réu alegou que não percebeu a briga e presumiu incorretamente que o jovem de 22 anos simplesmente queria uma carona. Um aspecto que repercutiu no tribunal foi a admissão, por parte do agente policial interrogador, de que teria sido necessária melhor informação sobre a situação jurídica.

No entanto, a principal prova do julgamento continua a ser o vídeo que documenta a passividade de Paqarada durante o ataque. O juiz Lorenz enfatizou que deveria ter feito um relatório imediato à sede da empresa de transportes. No final, o juiz ofereceu-se para suspender o processo em troca de uma multa de 2.000 euros, que beneficiará a Associação Alemã de Proteção à Criança.

Após esses acontecimentos estressantes, Paqarada parece estar enfrentando uma mudança em sua carreira profissional, pois afirma que não quer mais trabalhar como motorista de ônibus e está em busca de emprego como motorista de caminhão.

Na discussão mais ampla sobre a falta de assistência, torna-se claro quão importante é estar consciente da própria responsabilidade e agir em situações de emergência. Todos têm o dever de prestar assistência, se isso for possível, sem riscos significativos para si próprios. Uma nota que é tão importante como sempre no sistema jurídico e na sociedade.

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