25 anos do Partido Schill: Do juiz impiedoso à ruína política!

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Em 13 de julho de 2000, Ronald Schill fundou o polêmico Partido Schill em Hamburgo, que teve uma influência duradoura no cenário político e na política de segurança.

Am 13. Juli 2000 gründete Ronald Schill in Hamburg die umstrittene Schill-Partei, die politische Landschaft und Sicherheitspolitik nachhaltig beeinflusste.
Em 13 de julho de 2000, Ronald Schill fundou o polêmico Partido Schill em Hamburgo, que teve uma influência duradoura no cenário político e na política de segurança.

25 anos do Partido Schill: Do juiz impiedoso à ruína política!

Em 13 de julho de 2000, Ronald Schill, mais conhecido como “Richter Impiedoso”, fundou o Partido Ofensivo Constitucional, popularmente conhecido como Partido Schill. Esta formação reconheceu rapidamente o potencial que residia na insatisfação com a política estabelecida. A postura dura de Schill como juiz, combinada com suas sentenças duras, veio na hora certa, quando o crime assolava Hamburgo. Ele conseguiu ganhar popularidade rapidamente, o que se refletiu principalmente nas eleições estaduais de 2001, quando o partido recebeu 19,4 por cento dos votos e se tornou a terceira força mais forte no parlamento de Hamburgo, atrás do SPD com 36,5 por cento e da CDU com 26,2 por cento. NDR relata a promissora campanha eleitoral de Schill, que se concentrou na segurança interna e fez a ambiciosa promessa de reduzir os crimes violentos em Hamburgo pela metade em 100 dias.

Os primeiros dias da carreira política de Schill foram caracterizados por uma coligação deslumbrante. Como senador do Interior e segundo prefeito de Hamburgo, foi uma figura chave para Ole von Beust (CDU), que conseguiu formar uma coalizão com o partido Schill e o FDP. Mas o lado negro desta colaboração não ficou oculto: o mandato de Schill foi acompanhado de escândalos e rumores sobre excessos pessoais. Além disso, o seu partido sofreu uma derrota amarga nas eleições federais de 2002, depois de apenas dois anos, e obteve apenas 0,8% dos votos a nível federal. Wikipedia descreve que o Partido Schill foi inicialmente visto como um movimento de reforma populista de direita, mas logo foi marginalizado por conflitos internos e pela perda de apoio público.

Da ascensão à insignificância

O cenário político mudou repentinamente. No dia 11 de Setembro de 2001, o mundo parou enquanto os ataques ao World Trade Center mudavam radicalmente as percepções de segurança e terrorismo. Hamburgo, como cidade portuária direta, de repente se viu sob os holofotes. O partido Schill foi obrigado a cumprir as suas promessas, mas Schill não conseguiu conter os crimes violentos conforme anunciado. Isto proporcionou um terreno fértil para seus críticos, que logo o chamaram não apenas de “Senador Sem Planos”, mas também de “Senador Constrangedor”. O fim definitivo da coalizão com von Beust ocorreu em 9 de dezembro de 2003 e marcou uma profunda virada para Schill e seu partido. Wikipedia mostra o desenvolvimento do partido Schill de uma esperança política a uma sombra de si mesmo, que desapareceu completamente do cenário político após sua dissolução em 2009.

Uma rápida olhada nos resultados eleitorais fornece uma visão do declínio dramático: embora o partido Schill tenha brilhado com 19,4% em 2001, apenas alcançou 0,1% nas eleições federais de 2005. Esta rápida espiral descendente também pode ser vista como parte de um fenómeno mais amplo. A emergência do populismo de direita na Alemanha, incluindo noutros movimentos políticos, decorre de uma profunda insatisfação na sociedade. A Böckler-Stiftung analisa que os conflitos económicos e culturais são importantes para a ascensão de tais partidos. Muitas pessoas já não se sentem representadas pela classe política, especialmente em tempos de crise como a pandemia corona ou o conflito na Ucrânia.

Em resumo, a história de Ronald Schill e do partido Schill continua a lembrar-nos da rapidez com que as carreiras políticas podem terminar na sequência de escândalos e perdas. E mostra mais uma vez como componentes cruciais como a segurança interna, a estabilidade económica e o destino pessoal dos eleitores são importantes para atrair e reter apoio.