A Baixa Saxônia quer verificar mais de perto os membros da AfD no serviço público!
A Baixa Saxónia está a planear medidas contra membros da AfD na função pública, a fim de garantir a lealdade à constituição e combater o extremismo.

A Baixa Saxônia quer verificar mais de perto os membros da AfD no serviço público!
Na Baixa Saxónia, existem novas medidas para proteger o serviço público, que afectam particularmente os membros da AfD. A ministra do Interior, Daniela Behrens (SPD), anunciou que o governo do estado não quer tolerar tendências anticonstitucionais no funcionalismo público. O objectivo é tornar o acesso aos serviços públicos mais difícil para as pessoas que agem de forma extremista contra a ordem democrática básica. Este relatório NDR.
No âmbito do processo de recrutamento, será introduzido um questionário que permitirá questionar a adesão e o apoio a organizações extremistas. Behrens explica inequivocamente: “Os oponentes da ordem democrática básica não têm lugar na função pública”. Para apoiar isto, estão também a ser consideradas instruções escritas sobre a lealdade constitucional para os novos funcionários públicos.
Abordagem uniforme necessária
Tendo em conta o aumento das discussões sobre os inimigos da Constituição na função pública, é necessária uma abordagem uniforme à AfD. Os ministros do Interior dos estados federais já criaram um grupo de trabalho federal-estadual. Um outro passo poderia ser a Baixa Saxónia, semelhante à Renânia-Palatinado, tornar o acesso aos serviços públicos mais difícil para os membros da AfD. Lá, a AfD é monitorada pelo Gabinete para a Proteção da Constituição, embora não exista a distinção entre um caso de teste e extremismo verificado.
Mas também há críticas à abordagem. A própria AfD descreve as medidas propostas como escandalosas e vê-se como vítima da polarização política. Na Baixa Saxônia, a associação estadual AfD é atualmente classificada como suspeita. O Departamento Federal para a Proteção da Constituição suspendeu temporariamente a classificação como extremista de direita até que seja tomada uma decisão judicial.
Reformas no direito disciplinar
Um aspecto crucial das medidas previstas é a reforma da lei disciplinar, que entrou em vigor em 1 de Abril. O objetivo é facilitar a demissão de funcionários extremistas. ZDF relata que, com esta reforma, as autoridades podem agora emitir ordens disciplinares contra funcionários extremistas, que são posteriormente revistas pelos tribunais administrativos. O objectivo é lidar de forma consistente com incidentes extremistas que, embora em número reduzido, prejudicam significativamente a confiança no serviço público.
Em 2021, foram impostas um total de 373 medidas disciplinares na administração federal, número que representa menos de 0,2 por cento dos cerca de 190 mil servidores públicos. A reforma proposta promete agilizar estes procedimentos, que antes demoravam em média quatro anos.
Está a aumentar a pressão, especialmente sobre o governo do estado, para deixar claro que as ideias extremistas não têm lugar na função pública. A decisão de implementar isto de forma consistente na contratação de novos funcionários públicos poderá representar um ponto de viragem na abordagem às tendências extremistas na Alemanha.
Os próximos passos já estão sendo discutidos. A Baixa Saxónia planeia tomar novas medidas e apela a uma abordagem uniforme a nível nacional para combater as influências extremistas na função pública, o que também pode ser visto na proposta de um novo questionário sobre o processo de recrutamento NWZon-line mostra.