Badinter no Panteão: honra ou perigo para as vítimas?
Robert Badinter será homenageado no Panteão no dia 9 de outubro de 2025, gerando debates sobre justiça, direitos das vítimas e valores sociais.

Badinter no Panteão: honra ou perigo para as vítimas?
Em 9 de outubro de 2025, nasceu Robert Badinter panteão registado, um símbolo honorário que não só homenageia a sua função de jurista e advogado, mas também comemora o aniversário da abolição da pena de morte. Badinter sempre defendeu um sistema de justiça moderno e humanista. Através do seu trabalho no Ministério da Justiça, lançou iniciativas pioneiras de apoio às vítimas e fundou a Fédération France Victimes em 1986.
Mas nem todas as vozes da sociedade celebram o legado de Badinter. Alguns críticos o acusam de colocar as vítimas do crime em segundo plano e de criar um sistema que favorece os perpetradores e lhes atribui o papel de vítimas. Alto Informações sobre Breizh Isto foi descrito como um “vírus da dúvida” para a polícia e as autoridades, colocando em perigo a segurança pública e resultando na perda da ordem pública.
Uma vida pela justiça
Badinter, que não só trabalhou como advogado, mas também como professor e ministro, sempre se manifestou contra a política de vingança. Ele propôs que a vingança é contrária à verdadeira justiça e não contribui para a restauração da vítima. O seu compromisso com os direitos das vítimas reflecte-se, entre outras coisas, na criação do Gabinete de Assistência às Vítimas, que melhorou o acesso a recursos legais e indemnizações.
O legado do advogado está intimamente ligado ao desenvolvimento do judiciário na França. Ele foi fundamental na descriminalização da homossexualidade e defendeu a indenização integral das vítimas, que se tornou obrigatória pela Lei de Acidentes Rodoviários. O seu trabalho no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) também é significativo, onde permitiu soluções legais individuais para as vítimas.
O debate social
Badinter é celebrado como um herói e visto como uma figura controversa que moldou o discurso social sobre justiça e responsabilidade. Os críticos criticam a tendência de desarmar a sociedade, que se expressa numa cultura de remorso e compaixão. Eles vêem as suas reformas como uma ameaça à identidade nacional e às estruturas autoritárias.
Numa altura em que as questões de justiça e segurança estão na ordem do dia, o legado de Badinter continua a ser um tema muito debatido. Os seus apelos por uma sociedade mais justa não são apenas vistos como inovadores, mas também como um gatilho para uma reflexão profunda sobre a forma como as vítimas são tratadas e a autoimagem do sistema de justiça francês.