Cinco anos de prisão para o advogado Souab: segredos de Estado revelados!

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Ahmed Souab foi condenado a cinco anos de prisão em Túnis, em 31 de outubro de 2025, após comentar sobre a segurança do Estado.

Ahmed Souab wurde am 31. Oktober 2025 in Tunis zu fünf Jahren Haft verurteilt, nachdem er zur Sicherheit des Staates Stellung nahm.
Ahmed Souab foi condenado a cinco anos de prisão em Túnis, em 31 de outubro de 2025, após comentar sobre a segurança do Estado.

Cinco anos de prisão para o advogado Souab: segredos de Estado revelados!

Uma decisão judicial está a causar agitação em Túnis: o advogado Ahmed Souab foi condenado a cinco anos de prisão. A decisão vem da Câmara Criminelle Especializada em Assuntos de Terrorismo do Tribunal de Primeira Instância e foi anunciada na sexta-feira, 31 de outubro de 2025. A condenação de Souab é o resultado de um reenvio da Câmara de Acusação Especializada na Cour d'appel de Tunis, e diz respeito às suas declarações à Câmara Criminelle, que trata de um caso importante - a conspiração contra a segurança do Estado nº 1. Estes desenvolvimentos levantam questões sobre o estado do Estado de direito na Tunísia e qual o impacto que tais decisões terão na sociedade.

Mas embora o poder judicial seja fortemente criticado no mundo árabe, também existem desafios internacionais que países como o Canadá enfrentam. Asya Medea, uma mulher trans que fugiu da Turquia em 2018, destacou recentemente o agravamento da situação dos requerentes de asilo no Canadá. Depois de pedir asilo devido à sua situação perigosa e de ser reconhecida como refugiada em 2020, Medeia luta agora pelo bem-estar das pessoas que a rodeiam. Com uma organização sem fins lucrativos chamada LuBunTO, ela apoia recém-chegados LGBTQ+ que estão passando por destinos semelhantes aos dela.

Projeto de lei C-12: uma ameaça aos requerentes de asilo

O projeto de lei C-12, também conhecido como “Lei de Fronteiras Fortes”, está atualmente causando debate. É visto como uma ameaça ao direito humano ao asilo e impede que os pedidos de asilo daqueles que vivem no Canadá há mais de um ano sejam examinados. Isto é retroativo a 24 de junho de 2020, o que significa que muitos requerentes de asilo acabaram numa zona jurídica cinzenta. A Ministra da Imigração, Lena Diab, explicou que as pessoas afetadas só podem solicitar uma avaliação de risco antes da deportação – uma opção que os críticos dizem ter poucas chances de sucesso.

Estas preocupações também são partilhadas pelo deputado do Bloco Quebequense Claude DeBellefeuille, que aponta para o dilema de que as circunstâncias nos países de origem dos requerentes de asilo podem mudar rapidamente. A resposta do ministério de que uma avaliação de risco ainda é necessária deixa muitos perplexos. Jason Hollmann, Diretor de Política de Asilo, sublinha que os critérios para esta avaliação de risco são os mesmos que os dos pedidos de asilo, mas a realidade mostra que apenas cerca de seis por cento destes pedidos foram aprovados no passado.

Dimensões internacionais

O projecto de lei C-12 reflecte a tendência global de minar os direitos dos refugiados e requerentes de asilo, minimizando ao mesmo tempo as protecções para estes grupos vulneráveis. Iniciativas como a de Medea, que defende os direitos das pessoas LGBTQ+, oferecem esperança, mas surgem num contexto de políticas cada vez mais restritivas. Organizações como a Amnistia Internacional apelam ao Canadá para que repense a sua política de asilo e rejeite a Lei C-12 para proteger os direitos daqueles que procuram protecção.

O que tudo isto tem a ver com o que aconteceu em Túnis? Ambos os casos mostram como a abordagem à justiça e aos direitos humanos pode variar dependendo do contexto e da situação política. Seja na Tunísia, onde um advogado está preso devido às suas declarações, ou no Canadá, onde o direito ao asilo enfrenta uma enorme ameaça – a humanidade deve estar na linha da frente.