Falta de estacionamento no hospital: Pacientes exigem soluções gratuitas!

Transparenz: Redaktionell erstellt und geprüft.
Veröffentlicht am

Os problemas de estacionamento no Hospital Pellegrin, em Bordéus, são um fardo para pacientes e familiares. A discussão sobre estacionamento gratuito está ganhando força.

Parkplatzprobleme am Krankenhaus Pellegrin in Bordeaux belasten Patienten und Angehörige. Diskussion über kostenlose Parkplätze gewinnt an Fahrt.
Os problemas de estacionamento no Hospital Pellegrin, em Bordéus, são um fardo para pacientes e familiares. A discussão sobre estacionamento gratuito está ganhando força.

Falta de estacionamento no hospital: Pacientes exigem soluções gratuitas!

Na cidade de Bordéus, a questão do estacionamento em redor do hospital público Pellegrin está a aquecer. Marcados para o dia 5 de novembro, às 11h, os lugares de estacionamento pareciam estar “saturé” – lotados. Um motorista disse que vinha do Médoc e muitas vezes precisava de mais de 15 minutos para encontrar uma vaga de estacionamento paga. O estacionamento rápido é, portanto, uma verdadeira aposta para muitos que visitam familiares ou amigos no hospital.

Os custos do estacionamento são particularmente onerosos. Léa, que veio de Cadillac, pagou 6 euros por mais de duas horas e Rémy, que visitava a filha depois de uma operação, chegou a gastar 15 euros por dia. “Isso realmente desgasta você”, disse uma mãe com um filho deficiente, frustrada com a falta de vagas de estacionamento para deficientes. Não estamos falando apenas de estresse financeiro, mas também de estresse emocional em situações já tensas. Dezenas de veículos circulam pelo CHU (Centro Hospitalar Universitário) todos os dias; os números falam por si: cerca de 25.000 carros entram e saem das dependências do hospital todos os dias.

Debate sobre estacionamento gratuito

Uma proposta está agora sobre a mesa: o sindicato SUD-Santé do CHU lançou uma petição online para vagas de estacionamento gratuitas. Face ao aumento das taxas, que passaram de 1,50 euros por hora em 2012 para 2,60 euros, a discussão sobre um possível regresso aos lugares de estacionamento gratuitos torna-se cada vez mais urgente. Os primeiros 30 minutos são gratuitos, mas depois fica caro. Os pacientes e seus familiares consideram essas taxas um fardo adicional e desejam condições de estacionamento justas. “Muitas vezes somos obrigados a pagar taxas elevadas só porque a procura é muito elevada”, explica Marie Laurent-Daspas, representante dos utentes, que também aponta a falta de informação sobre possíveis reembolsos de custos por parte das companhias de seguros de saúde.

O contexto económico é complexo: os operadores hospitalares dependem frequentemente de taxas de estacionamento para gerar recursos financeiros e o apoio governamental muitas vezes não é suficiente. Poderíamos quase pensar que as taxas de estacionamento existem para afastar “usuários em espera” que estacionam sem motivo médico. Não é, portanto, surpreendente que os próprios funcionários do hospital tenham dificuldade em encontrar um lugar de estacionamento, apesar da autorização de estacionamento gratuita.

Dinâmica e soluções econômicas

A discussão sobre as elevadas taxas de estacionamento levanta questões não só financeiras, mas também éticas. As visitas regulares de familiares são importantes para o processo de cura, mas muitas pessoas acabam em dificuldades financeiras. Os investigadores económicos mostram que os preços são fortemente influenciados pela oferta e pela procura. A situação do estacionamento é particularmente tensa nas áreas urbanas. A sugestão de oferecer sistemas de preços diferenciados ou tarifas reduzidas para determinados grupos de utilizadores está a tornar-se cada vez mais forte - especialmente em tempos em que são necessárias transparência e condições justas.

É necessário repensar: tecnologias como sistemas inteligentes de orientação de estacionamento ou plataformas digitais de reserva podem ajudar a resolver o problema do estacionamento. É necessária uma combinação de abordagens económicas, sociais e de planeamento urbano para melhorar a situação de forma sustentável e proporcionar acesso a todos.

Em Bordéus assistimos agora às dores do parto de uma discussão há muito esperada. Até quando os cidadãos suportarão este “duplo tormento”? Resta saber se a petição online e a pressão pública trarão movimento suficiente ao assunto. Qualquer pessoa interessada pode apoiar a petição: Petições.

O problema estará conosco por muito tempo e cabe a nós encontrar e solicitar soluções. A saúde e o bem-estar dos pacientes e das suas famílias não devem depender da situação do estacionamento.

Mais detalhes sobre o problema e seus antecedentes podem ser encontrados em Sul Oeste e o dinheiro.