Dependência tecnológica: a Alemanha luta pela soberania digital!

Transparenz: Redaktionell erstellt und geprüft.
Veröffentlicht am

Em 12 de agosto de 2025, o artigo destaca a soberania digital da Alemanha, os desafios no uso da nuvem e os desenvolvimentos regulatórios.

Am 12.08.2025 beleuchtet der Artikel die digitale Souveränität Deutschlands, Herausforderungen in der Cloud-Nutzung und regulatorische Entwicklungen.
Em 12 de agosto de 2025, o artigo destaca a soberania digital da Alemanha, os desafios no uso da nuvem e os desenvolvimentos regulatórios.

Dependência tecnológica: a Alemanha luta pela soberania digital!

A mudança digital tem a economia alemã firmemente sob seu controle, mas o caminho para a soberania digital está longe de estar pavimentado. Hoje, 12 de agosto de 2025, está claro que a Alemanha continua fortemente dependente de soluções e tecnologias em nuvem do exterior. A presidente do Escritório Federal de Segurança da Informação (BSI), Claudia Plattner, enfatiza a necessidade de mecanismos de controle rígidos para reduzir essas dependências. “É chegada a hora de uma estratégia clara em relação à compra de tecnologias do exterior”, afirma, apontando os desafios colocados pela Lei de Nuvem dos EUA. Isso permite que as autoridades dos EUA acessem os dados, independentemente de onde estejam armazenados. De acordo com a Radiowestfalica, foi acordada uma cooperação entre o BSI e o Google Cloud para desenvolver soluções seguras em nuvem. No entanto, esta parceria é controversa porque representa potencial para chantagem por parte do governo dos EUA.

A dependência de empresas tecnológicas internacionais reflecte-se também no facto de as empresas norte-americanas terem investido muito mais em novas tecnologias nos últimos dez anos do que as suas congéneres alemãs. Plattner, portanto, não só apela a medidas para encriptar dados sensíveis, mas também que os utilizadores tenham soberania sobre as suas chaves, a fim de evitar a fuga descontrolada de dados.

Estratégias governamentais e desenvolvimento local

A nível regulamentar, a discussão sobre a soberania digital na Alemanha foi reavivada, em particular com a introdução de regras à escala da UE para modelos de IA em 2 de agosto de 2023. Estas destinam-se a garantir a transparência e a segurança na utilização da IA. Mas na Alemanha há falta de clareza sobre quem é o responsável final pela segurança destes sistemas. O BSI e a Agência Federal de Rede são responsáveis ​​por tomar decisões rápidas.

A nuvem federal oferece às autoridades alemãs um elevado nível de controlo, mas para melhorar a soberania digital, os especialistas contam com estratégias multi-cloud. De acordo com Cloudahead, essas estratégias podem ajudar a reduzir dependências de provedores específicos. As abordagens multinuvem permitem um uso mais flexível dos recursos da nuvem, ao mesmo tempo que levam em conta as necessidades individuais na criação de valor de TI.

É importante que as empresas projetem a sua arquitetura de software para que possam mudar automaticamente para uma nuvem alternativa caso o principal fornecedor de nuvem falhe. Isto também deve incluir uma combinação consciente de serviços externos e internos para garantir um certo nível de segurança.

Desenvolvimentos e desafios tecnológicos internos

A soberania digital é tratada como uma questão estratégica fundamental na política industrial europeia. Para não ficarem dependentes de fornecedores estrangeiros, as empresas europeias têm de agir elas próprias. AP Verlag enfatiza que a integração de estruturas regulatórias e desenvolvimentos tecnológicos proprietários é de grande importância. As empresas não só têm de cumprir os requisitos legais, mas também garantir que as suas soluções cloud são economicamente viáveis, seguras e eficientes.

Os desafios residem em vários níveis: desde a escalabilidade à inovação e aos requisitos regulamentares. A recém-introduzida Lei de Dados, a Lei de IA e a Diretiva NIS2 levantam questões complexas que precisam ser abordadas pelas empresas. Essas leis exigem transparência e práticas seguras no manuseio de dados e inteligência artificial. É necessário um quadro de ação claro, não só para acompanhar o ritmo num momento de crescente necessidade de soberania digital, mas também para ganhar vantagem na concorrência internacional.

Em resumo, uma coisa é clara: a soberania digital não é um fim em si mesma, mas sim uma necessidade empresarial. As empresas devem ser capazes de controlar a localização dos seus dados e direitos de acesso para poderem agir mesmo em situações de crise.