Carência habitacional no distrito de Olpe: faltam 3.800 unidades!
Faltam 3.800 apartamentos no bairro de Olpe e as novas construções estão estagnadas. Especialistas pedem medidas para resolver a escassez de habitação.

Carência habitacional no distrito de Olpe: faltam 3.800 unidades!
Há uma enorme lacuna na oferta de habitação no distrito de Olpe: faltam cerca de 3.800 apartamentos para responder à crescente procura. A situação é dramática, especialmente porque 1.410 destes apartamentos estão vazios há mais de um ano. Estes números provêm de uma análise do Instituto Pestel, realizada em nome da Associação Federal do Comércio Alemão de Materiais de Construção (BDB). As esperanças de uma reviravolta na construção habitacional continuam bastante fracas. Segundo o Instituto Federal de Estatística, apenas 94 novos apartamentos foram aprovados no primeiro semestre de 2025, o que corrobora a afirmação de Matthias Günther, economista-chefe do Instituto Pestel, de que as novas atividades de construção só avançam “com o freio de mão acionado”. Günther apela, portanto, a uma ambiciosa carga de construção de 810 novos apartamentos por ano, que considera “inviável”. A presidente do BDB, Katharina Metzger, também manifesta insatisfação com a falta de apoio dos políticos federais e pede maior priorização na construção de moradias.
Mas este problema vai além do distrito de Olpe. bpb.de reporta um défice nacional de uns bons 550.000 apartamentos. As causas são diversas: o aumento do número de imigração, a falta de novos edifícios e, ao mesmo tempo, um número chocantemente elevado de apartamentos vazios estão a colocar as pessoas numa situação difícil. A situação é particularmente dramática nas grandes cidades como Colónia, Hamburgo e Berlim, onde as rendas aumentaram quase 70% desde 2010. 52% das pessoas na Alemanha vivem de rendas e os encargos com rendas estão a aumentar: em 2022, as famílias arrendatárias gastaram 28% do seu rendimento em rendas.
Necessidade significativa de habitação social
Aqueles que dependem de ofertas baratas são particularmente afetados pela escassez de habitação. De acordo com estudos de WSi Faltam 1,9 milhões de apartamentos acessíveis nas principais cidades alemãs, 1,4 milhões dos quais são para famílias unipessoais. A procura por habitação social aumentou ainda mais nos últimos anos. Dos 400.000 novos edifícios anuais planeados inicialmente pelo governo dos semáforos, apenas 294.400 foram construídos em 2023. Para colmatar a lacuna, estimada entre 700.000 e vários milhões, a construção de novas habitações sociais deve ser urgentemente impulsionada.
Uma análise das condições de arrendamento mostra que cada vez mais famílias estão sobrecarregadas, especialmente nas grandes cidades, onde quatro em cada dez famílias têm de suportar elevados encargos com rendas. Quase 13 por cento das famílias arrendatárias têm menos do que o nível de subsistência após dedução dos custos de aluguer. Os políticos são cada vez mais chamados a tomar medidas eficazes para contrariar este problema urgente.
Sugestões para melhorar a situação de vida
Os especialistas concordam: Para resolver a miséria, são necessárias novas abordagens, como a introdução de programas de juros com um máximo de dois por cento para construtores e investidores. Ao mesmo tempo, os gastos com habitação social deveriam ser aumentados e a burocracia necessária para implementar projetos de construção mais rápidos deveria ser reduzida. Outro meio poderia ser a reintrodução de uma organização sem fins lucrativos que promova habitação a preços acessíveis. Dado o aumento nominal dos preços dos aluguéis, permanece a questão de saber por quanto tempo a população poderá continuar a suportar apartamentos vazios e o aumento do custo de vida.
Resta saber se e com que rapidez a situação no mercado imobiliário irá melhorar. O que é certo é que existe uma pressão crescente sobre os decisores políticos para encontrarem soluções antes que esta criticidade conduza a um problema social ainda maior.