Estudantes como faxineiros? Disputa acalorada pela limpeza nas escolas!
No Enzkreis, a sugestão de que os próprios alunos limpem as suas salas de aula está a causar discussões controversas sobre responsabilidade e alívio financeiro.

Estudantes como faxineiros? Disputa acalorada pela limpeza nas escolas!
Uma sugestão do prefeito de Schwäbisch Gmünd está causando muita conversa: crianças e jovens deveriam ajudar a limpar suas salas de aula. Esta ideia, que é recebida com alguma compostura na região, causou, no entanto, um verdadeiro clamor. A regulamentação relativa aos serviços de mesa e varrição já faz parte da vida quotidiana de muitas escolas. A principal razão por detrás do debate é a esperança de reforçar a auto-responsabilidade dos estudantes e, ao mesmo tempo, conseguir alívio financeiro para as autoridades locais. Segundo o PZ News, isto poderia aliviar a cidade em até 250.000 euros anuais.
Mas a proposta também atrai críticas claras. Os cépticos, incluindo os representantes dos presidentes da Câmara de Enzkreis, interrogam-se sobre como podem realmente ser alcançadas poupanças significativas através da varrição ou aspiração. É também sublinhado que a manutenção dos edifícios escolares está, na verdade, nas mãos das cidades e municípios, que enfrentam cada vez mais dificuldades financeiras. Neste contexto, o ministro do Interior, Thomas Strobl (CDU), também recorda as suas próprias experiências com a limpeza de salas de aula – uma actividade que não considera traumática, mas que a polémica agora fala muito na política estatal.
Uma olhada no quadro jurídico
Mas como é isso legalmente? O Ministério da Cultura de Baden-Württemberg é de opinião que não existe um quadro jurídico suficiente para empregar estudantes como pessoal de limpeza. Apenas são permitidas atividades comunitárias com motivação educacional e a proposta pode dar a impressão de que os alunos são preguiçosos. Isto é criticado não só pelos representantes dos estudantes, mas também pelos representantes dos pais, que temem que a responsabilidade desloque os problemas estruturais. Vozes de [Stuttgarter Nachrichten](https://www.stuttgarter-nachrichten.de/content.reinigungsarbeiter-an-schulen-die-putz-deb atte-wurf-ein-besseres-licht-auf-schueler-voellig-zu-unrecht.46073e09-6c39-4b86-a906-4e88341148e1.html) argumentam que as escolas não devem substituir o pessoal de limpeza, as crianças devem aprender e não limpar.
Paralelamente a este debate, já existem abordagens na Alemanha para envolver voluntariamente os estudantes na limpeza, por exemplo através de empresas estudantis que assumem trabalhos de limpeza. No exterior, como no Japão e em Cingapura, os alunos limpam as salas de aula todos os dias e isso faz parte da cultura escolar. Não se trata apenas de limpeza, mas também de espírito de equipe e senso de responsabilidade, como relata NA-DR. Lidar com o debate atual levanta questões fundamentais sobre valores e responsabilidade na educação.
Conclusão: um tema delicado com muitas facetas
A discussão sobre os alunos manterem as salas das escolas limpas é mais do que apenas uma sugestão pragmática. Também aborda questões de educação, responsabilidade e encargos financeiros para os municípios. Resta saber como os ânimos se acalmarão em torno desta questão e se serão encontradas soluções criativas que tenham em conta tanto a limpeza como a educação.