Würzburg: 120 mudanças de género desde que a lei mudou!
Em Kitzingen, 15 pessoas mudaram de género desde que a Lei de Autodeterminação entrou em vigor em Novembro de 2024.

Würzburg: 120 mudanças de género desde que a lei mudou!
Desde 1 de novembro de 2024, um novo vento surgiu no campo das mudanças de género na Alemanha. A Lei de Autodeterminação torna mais fácil para pessoas trans, intersexuais e não binárias alterarem sua entrada de gênero e nomes no cartório, sem a necessidade de decisão judicial ou laudo pericial. Esta inovação já levou a um número considerável de mudanças na região, como relata mainfranken24.de.
Em Würzburg, já foram realizadas 120 mudanças de género desde que a lei entrou em vigor e foram apresentados mais 40 pedidos ao cartório. As pessoas em Kitzingen e Karlstadt também deram o passo: 15 pessoas em Kitzingen e sete em Karlstadt mudaram de género. A tendência mostra que as mudanças mais comuns são de feminino para masculino e para diverso – uma confirmação clara de que o direito à identidade de género é cada vez mais reconhecido.
Um novo quadro jurídico
A Lei de Autodeterminação substitui a Lei dos Transexuais (TSG) aprovada em 1980, que foi declarada inconstitucional e estigmatizou muitas pessoas. Esta alteração legal está ancorada na Lei Básica e protege o direito à autodeterminação de género. Este desenvolvimento não é apenas bem recebido na Alemanha; Em todo o mundo, mais de 16 países estabeleceram sistemas jurídicos semelhantes que abrem caminho para uma maior igualdade.
A lei possibilita a entrega da declaração de alteração do registro de gênero no cartório, o que agiliza todo o processo. No entanto, a alteração na entrada de género deverá ser registada três meses antes da declaração e, após a alteração, os documentos de identificação antigos deixarão de ser reconhecidos. Isso garante uma situação jurídica clara que muitas pessoas consideram aliviadora.
Impacto social e perspectivas
As candidaturas já apresentadas e as experiências das pessoas afetadas são promissoras. Segundo estimativas, são esperados cerca de 4.000 pedidos por ano em todo o país, enquanto os números de registos iniciais estavam entre 6.000 e 15.000. Esse número mostra que a necessidade social existe e continuará existindo. Está prevista uma avaliação da nova lei em cinco anos para melhor avaliar os ajustes e seus efeitos.
Numa altura em que muitas pessoas exigem o seu direito à autodeterminação, é importante apoiar e acompanhar esta mudança. A SBGG funciona como uma confirmação de que a voz das pessoas conta e que sua identidade é respeitada. Estas alterações à lei, que alteram fundamentalmente a vida de tantas pessoas afetadas, podem ser vistas como um passo em direção a uma sociedade mais aberta e compreensiva.