Alemanha atrai investigadores dos EUA: liberdade académica garantida!
O Ministro Federal Bär e Cem Özdemir enfatizam a liberdade acadêmica e o papel da Alemanha para os pesquisadores no exílio em 10 de agosto de 2025 em Kiel.

Alemanha atrai investigadores dos EUA: liberdade académica garantida!
No meio de crescentes incertezas em todo o mundo, a Alemanha vê a sua oportunidade de emergir como um novo e atraente íman para investigadores dos EUA. Esta perspectiva foi recentemente sublinhada pela Ministra Federal Bär durante a sua visita ao Centro Geomar Helmholtz para Investigação Oceânica em Kiel. Ela destacou a liberdade académica consagrada na Lei Básica e deixou claro que a Alemanha se tornou um novo lar atraente para professores, pós-doutorados e estudantes. O pano de fundo deste desenvolvimento é o clima cada vez mais anticientífico nos EUA sob a presidência de Donald Trump, que recentemente atingiu novas dimensões com um processo judicial de milhares de milhões de dólares contra a Universidade pública da Califórnia.
O processo alega que a direcção da universidade não agiu de forma suficientemente decisiva contra o anti-semitismo durante os protestos contra a guerra na Faixa de Gaza. Não só as universidades californianas estão sob pressão, como também instituições educativas de renome, como Harvard, estão a ter de aceitar perdas financeiras da Casa Branca. Isso significa que muitos pesquisadores buscam alternativas que lhes ofereçam mais liberdade e apoio. A Alemanha oferece exactamente isto e posiciona-se como uma das melhores opções para aqueles que sentem a sua liberdade académica ameaçada no seu país de origem. Estas questões também foram abordadas numa reunião entre o Ministro Federal Cem Özdemir e representantes da Aliança de Organizações Científicas, que se concentraram na liberdade académica e no fortalecimento dos locais de investigação na Alemanha.
Liberdade acadêmica como pedra angular
Na sua declaração conjunta, Özdemir e Otmar Wiestler, Presidente da Associação Helmholtz, enfatizaram o papel essencial da liberdade académica para o progresso social e económico. As restrições a esta liberdade não constituem apenas um ataque ao panorama da investigação, mas também à própria democracia. O Índice de Liberdade Académica 2025 mostra que a liberdade académica está sob pressão em vários países, incluindo a Alemanha. Países como a Argentina e os EUA registam um declínio significativamente agressivo, enquanto a Alemanha regista um declínio mensurável, mas menor.
No actual panorama político, é extremamente importante que a comunidade científica trabalhe em conjunto para enfrentar desafios como as alterações climáticas ou problemas biomédicos. Wiestler destacou que a cooperação internacional é essencial. A Alemanha, com a sua sólida infra-estrutura científica, oferece uma excelente plataforma para o intercâmbio e colaboração de talentos de diferentes partes do mundo. O objectivo é criar perspectivas para investigadores que estão sob pressão nos seus próprios países.
Desafios atuais e perspectivas futuras
O Índice de Liberdade Académica 2025 mostrou que a liberdade académica permanece mais bem protegida nas democracias do que nos sistemas autocráticos. No entanto, observa-se também um certo declínio na Alemanha e na Áustria, o que é motivo de preocupação. A análise mostra que a liberdade académica tende a estar em risco quando os partidos antipluralistas chegam ao poder, realçando mais uma vez a importância de defender e preservar os valores democráticos.
Num mundo em rápida mudança, a Alemanha poderá tornar-se a primeira escolha para muitos talentos internacionais. À medida que sopram os ventos políticos, resta esperar que a liberdade científica na Alemanha não só seja preservada, mas também fortalecida. Como mostram claramente os acontecimentos passados, a liberdade e a integridade científica estão mais em jogo do que nunca.
Para obter mais informações sobre os desenvolvimentos na liberdade acadêmica e seu impacto no cenário global de pesquisa, visite o site Funk alemã, Associação Helmholtz e Cooperação internacional.