Julgamento do ataque de Solingen: testemunha teme pela segurança de sua família

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Julgamento de Solingen: acusado de terrorismo do EI, depoimentos de testemunhas levantam questões. Três mortos em ataque a festival na cidade.

Prozess zu Solingen: Angeklagter IS-Terrorist, Zeugenaussagen werfen Fragen auf. Drei Tote beim Stadtfestanschlag.
Julgamento de Solingen: acusado de terrorismo do EI, depoimentos de testemunhas levantam questões. Três mortos em ataque a festival na cidade.

Julgamento do ataque de Solingen: testemunha teme pela segurança de sua família

Em 27 de junho de 2025, o julgamento em torno do devastador ataque terrorista em Solingen será o foco da reportagem. Neste ataque de 23 de agosto de 2024, ocorrido durante uma festa na cidade, três pessoas morreram e outras nove ficaram feridas. A organização terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo ato sangrento, e o acusado sírio Issa al Hassan, que gritou “Allahu Akbar” naquela mesma noite, foi preso pouco tempo depois. Vinte e cinco horas depois do crime, a informação crucial sobre ele veio do serviço de inteligência turco.

Mas o tribunal não está preocupado apenas com os atos terríveis em si, mas também com os antecedentes que levaram à radicalização do jovem de 27 anos. De acordo com relatórios do WDR, NDR e SZ, Issa al Hassan radicalizou-se durante um longo período de tempo. A partir de 2019, ele começou a pesquisar na vastidão da Internet músicas e informações de batalha do EI. Anteriormente, ele havia deixado sua casa em Deir al-Sor, na Síria, e vivido na Turquia e na região fronteiriça entre a Síria e a Turquia. No final de 2022 veio para a Alemanha e pediu asilo para evitar a recusa do serviço militar.

Testemunhas e revelações perturbadoras

As negociações são caracterizadas por surpresas. Uma testemunha que parece ser prima do réu causou polêmica ao inicialmente se recusar a testemunhar. Ele expressou preocupação com a segurança da sua família na Síria. No entanto, o juiz presidente deixou claro que não tinha o direito de recusar testemunhar, o que acabou por levar a testemunha a falar. Informou que Issa al Hassan pertencia à milícia terrorista do EI na Síria e foi responsável por ações punitivas brutais, como a decapitação e o corte de mãos. Ele alegou ter visto o réu com uma Kalashnikov e dinheiro e que tinha o mesmo sobrenome de Issa al Hassan. Outra pessoa da prisão, colega de quarto do réu, também causou problemas ao alegar que nunca havia discutido política ou religião com ele.

A informação encontrada no telemóvel do arguido é particularmente reveladora. Lá foi guardada uma foto de um alojamento para refugiados em Paderborn, com a frase: “Você também tem orgulho de pertencer ao Daesh?” Isso dá uma visão profunda da mentalidade do réu. No entanto, a defesa não se cansa de apontar as incertezas nos depoimentos das testemunhas, que rejeita como boatos.

O escopo do processo

O julgamento no Tribunal Regional Superior de Düsseldorf é de enorme importância. O Ministério Público Federal acusa o réu não apenas de três acusações de homicídio e dez de tentativa de homicídio, mas também de filiação a organização terrorista. Espera-se que o autor substancie as alegações com uma riqueza de evidências. Relatórios de testemunhas, dados de telefones celulares e relatórios psicológicos desempenharão papéis cruciais.

Issa al Hassan confessou o ataque, mas recusou-se a comentar pontos individuais, em particular a sua filiação ao EI. Os especialistas consideram crítica a complexidade do seu caso. Informações sobre o estado mental do réu fornecidas por um psiquiatra indicam que ele se sentiu manipulado. Mas o Ministério Público Federal está firmemente convencido de que o réu agiu de forma planejada.

É provável que o desenrolar do julgamento continue a causar agitação e a conduzir a uma disputa jurídica e a discussões sociais sobre a radicalização e o terrorismo na Alemanha.

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